Ecologia urbana de uma abelha nativa: respostas comportamentais de colônias de uruçu amarela (Melipona flavolineata, Apidae, Meliponini) às variações climáticas em um gradiente de urbanização

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2020-02

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Universidade Federal do Pará
Museu Paraense Emílio Goeldi

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Acesso Aberto
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GATTY, Dora Carmela Ramirez. Ecologia urbana de uma abelha nativa: respostas comportamentais de colônias de uruçu-amarela (Melipona flavolineata, Apidae, Meliponini) às variações climáticas em um gradiente de urbanização. Orientador: Felipe Andrés León Contrera.; Coorientadora: Jamille Costa Veiga. 2020. 52 f. Dissertação (Mestrado em Zoologia) - Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Pará, Museu Paraense Emílio Goeldi, Belém, 2025. Disponível em: https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/17685. Acesso em: .

DOI

A urbanização pode gerar mudanças na estrutura do ambiente afetando também processos físico- químicos. Essas mudanças ao longo do tempo têm provocado a perda de habitats e com elas a redução de populações de abelhas sem ferrão, que são um grupo de insetos importantes para a manutenção dos ecossistemas. As populações de abelhas sem ferrão, a diferença do gênero Apis, correm o risco de reduzir a sua população por serem pouco flexíveis às mudanças e sua possibilidade de adaptação a áreas urbanizadas é muito baixa. Por isso o nosso estudo teve por objetivo conhecer a ecologia urbana da espécie de abelha sem ferrão Melipona flavolineata, medindo a suas respostas no comportamento de forrageio e de postura aos parâmetros climatológicos em ambientes com diferentes graus de urbanização (agroflorestal- semi-urbano e urbano). Observamos 12 colônias de M. flavolineata durante cinco meses. As observações foram semanais intercalando atividade interna e atividade externa. A taxa de forrageio (média semanal), foi avaliada de 07h00 as 11h00 (horário de maior forrageio) e se contabilizavam as abelhas voltando à colônia, paralelo a esse processo se registraram dados de temperatura, umidade relativa, luminosidade e pressão barométrica. A taxa de postura (média semanal), foi avaliada durante quatro dias consecutivos na semana correspondente. Os resultados mostraram que os parâmetros climatológicos tiveram uma alta variação nos três pontos de coleta, afetando a performance das abelhas. A pressão barométrica e a umidade relativa do ar tiveram um efeito positivo e significativo sobre a coleta de pólen. Umidade relativa e a temperatura tiveram um efeito positivo e significativo com o forrageio de néctar; a pressão barométrica teve um efeito negativo, não significativo. A taxa de postura foi maior à medida que a umidade relativa do ar se acrescentava, mostrando uma relação positiva; a pressão barométrica teve um efeito positivo, mas não significativo. As relações entre a taxa de forrageio e a taxa de postura; assim como a relação entre a taxa de forrageio de pólen e a taxa de forrageio de néctar, foram positivas e significativas e não se diferenciaram entre os ambientes, apenas pela amplitude dos dados. Assim concluímos que a abelha sem ferrão M. flavolineata é uma espécie pouco tolerante a áreas completamente urbanizadas, e a sua capacidade de adaptar a ambientes com condições ambientais desfavoráveis é muito limitada, pois suas atividades estão restringidas pelas altas variações climáticas e provavelmente pela escassez de recursos alimentares. Nesse sentido seria bom implementar estudos da ecologia urbana de espécies menores, e adicionar nos estudos de respostas aos fatores climáticos o parâmetro da pressão barométrica que, ao parecer, segundo nossos resultados afetam o comportamento das abelhas sem ferrão

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CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

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GATTY, Dora Carmela Ramirez. Ecologia urbana de uma abelha nativa: respostas comportamentais de colônias de uruçu-amarela (Melipona flavolineata, Apidae, Meliponini) às variações climáticas em um gradiente de urbanização. Orientador: Felipe Andrés León Contrera.; Coorientadora: Jamille Costa Veiga. 2020. 52 f. Dissertação (Mestrado em Zoologia) - Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Pará, Museu Paraense Emílio Goeldi, Belém, 2025. Disponível em: https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/17685. Acesso em: .