Use este identificador para citar ou linkar para este item:
https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/17530
Tipo: | Tese |
Data do documento: | 24-Abr-2024 |
Autor(es): | GOMES, Peti Mama |
Primeiro(a) Orientador(a): | BELTRÃO, Jane Felipe |
Título: | Caminhos de gênero nas feras de Bissau: resiliência e desafios de mulheres guineenses em contextos de vulnerabilidade diante dos impactos sociais e econômicos da COVID-19 |
Agência de fomento: | CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior |
Citar como: | GOMES, Peti Mama. Caminhos de gênero nas feras de Bissau: resiliência e desafios de mulheres guineenses em contextos de vulnerabilidade diante dos impactos sociais e econômicos da COVID-19. 2024. 310 f. Tese (Doutorado em Antropologia) – Universidade Federal do Pará, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Belém, 2024. Programa de Pós-Graduação em Antropologia. Disponível em: https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/17530. Acesso em:. |
Resumo: | Na Guiné-Bissau, as feras - palavra do Crioulo para “feiras” - exercem um significativo papel na vida econômica, social e cultural do país. São locais de intensas atividades de compra e venda de mercadorias, e também englobam questões de emancipação feminina, pontos de encontro e reencontros, narrativas históricas, vivências e experiências compartilhadas. Sendo assim, configuram-se como espaços públicos plurais e privilegiados desde um ponto de vista etnográfico, onde uma série de relações socioculturais complexas se desenvolvem. Nesse contexto, a presente tese tem como objetivo compreender, por meio de uma perspectiva antropológica-feminina, a dinâmica socioeconômica de mulheres guineenses, que ora como bideras (vendedoras de feira oficiais), fassiduris di bida (mulheres que fazem a vida vendendo), ora como sumiaduris (vendedoras que têm hortas) e bindiduris (vendedoras no geral), estão em movimento com mercadorias desempenhando papéis ativos nas três principais feras locais: Bande, Caracol e Bairro Militar, todas na cidade de Bissau, capital da Guiné-Bissau, antes, durante e após a pandemia. O estudo é resultado de uma pesquisa de natureza etnográfica, cujo processo metodológico combinou pesquisa etnográfica online e trabalho de campo presencial. Para isso, utilizaram-se narrativas orais provenientes de plataformas digitais, como redes sociais, através de mensagens e áudios compartilhados com mindjeris di fera (mulheres de feira). Durante o período de pesquisa, os principais métodos de trabalho etnográfico incluíram conversas informais, transcrição e análise posterior dos dados. Essas últimas etapas ocorreram na cidade de Bissau, com o foco nas bideras e fassiduris di bida. A análise centrou-se na problematização das relações de gênero e trabalho e como elas foram afetadas pela pandemia. Os resultados indicam que as minhas interlocutoras de pesquisa são responsáveis pela organização de uma grande parte da subsistência material e simbólica no país, coisa que foi evidenciada e acentuada durante a emergência da pandemia de COVID-19. |
Abstract: | In Guinea Bissau, the feras - Crioulo word for “fairs” - play a significant role in the country's economic, social and cultural life. They are places of intense buying and selling of goods, encompassing issues of female emancipation, meeting and reunion points, historical narratives, experiences, and shared living. Therefore, they are configured as plural public spaces, and privileged contexts for ethnographic fieldwork, where a series of complex sociocultural relationships develop. This thesis aims to understand, through a female-centered and anthropological perspective, the socioeconomic dynamics of Guinean women, who sometimes are bideras (official fair female vendors), fassiduris di bida (women who make a living by selling), sumiaduris (women who own orchards), and bindiduris (female sellers in general) who played active roles - before, during and after the pandemics - in the three main local feras: Bande, Caracol, and Bairro Militar, all in Bissau city, capital of Guinea-Bissau. This study is the result of ethnographic research, whose methodological process combined online research and in-person fieldwork. For this, oral narratives from digital platforms were used, such as social networks, through messages and audios interchanged with di mindjeris di fera (the fair female vendors). During the research period, the main ethnographic strategies included informal conversations, transcriptions, and ethnographic data analysis. The last stages of research took place in Bissau, with a focus in the bideras and fassiduris di bida. In conclusion, the analysis focused on the problematization of gender relations and work, and how they were affected by the pandemics. The results indicate that my research interlocutors are responsible for a large part of the country's material and symbolic subsistence, which was evidenced and intensified with the emergence of the COVID-19 pandemics. |
Palavras-chave: | COVID-19 Economia urbana Feras Gênero Etnografia Urban economy Gender Ethnography |
Área de Concentração: | ANTROPOLOGIA SOCIAL |
Linha de Pesquisa: | MIGRAÇÕES, DIÁSPORAS E ETNICIDADES |
CNPq: | CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::ANTROPOLOGIA |
País: | Brasil |
Instituição: | Universidade Federal do Pará |
Sigla da Instituição: | UFPA |
Instituto: | Instituto de Filosofia e Ciências Humanas |
Programa: | Programa de Pós-Graduação em Antropologia |
Tipo de Acesso: | Acesso Aberto Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil |
Fonte URI: | Disponível na internet via correio eletrônico: bibhumanas@ufpa.br |
Aparece nas coleções: | Teses em Antropologia (Doutorado) - PPGA/IFCH |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
Tese_CaminhosGeneroFeras.pdf | 69,89 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Este item está licenciado sob uma Licença Creative Commons