Avaliação temporal da exposição humana ao mercúrio no Oeste paraense

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2015-11-27

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Universidade Federal do Pará

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ANDRADE, Paulo Douglas de Oliveira. Avaliação temporal da exposição humana ao mercúrio no Oeste Paraense. 2015. 99 f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Pará, Núcleo de Medicina Tropical, Belém, 2015. Programa de Pós-Graduação em Doenças Tropicais.

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Na presente pesquisa foi realizada uma descrição da evolução temporal da exposição ao mercúrio (Hg) em duas comunidades ribeirinhas localizadas na bacia do rio Tapajós, Amazônia brasileira. Tais comunidades são expostas a este metal através do consumo do peixe contaminado pelo metilmercúrio presente no rio, processo que ocorre em virtude principalmente do intemperismo do solo da região (que é naturalmente rico em Hg) e da atividade garimpeira que utiliza o mercúrio para isolar o ouro. A análise utilizou um banco de dados que continha os valores dosimétricos de mercúrio a partir de amostras de cabelo de ribeirinhos do Tapajós. A coleta foi realizada por um período de 17 anos (1998 a 2014) e totalizou 1.502 (uma mil, quinhentas e duas) amostras, que foram separadas em quatro grupos: masculino adulto, feminino adulto, masculino criança e feminino criança. Nossos resultados apontam para um grupo com maior risco de exposição: os adultos do sexo masculino. Ao longo de todos os anos do estudo, este foi o grupo que apresentou maior média dos níveis de Hg (14,41 μg/g ± 10 μg/g). Por outro lado, todos os grupos apresentam uma tendência a queda destes níveis, sendo que os homens demoraram mais tempo para iniciar esse processo de redução das taxas. Seus níveis baixaram de 16,61 μg/g em 2007 para 11,23 μg/g em 2013. Já o grupo das mulheres reduziu de 13,92 μg/g em 2004 para 7,04 μg/g em 2013. As crianças apresentaram redução mais significativa, sendo que as meninas foram de 15,42 μg/g em 2001 para 3,83 μg/g em 2014, e os meninos de 12,96 μg/g para 5,95 μg/g nos mesmos anos. A situação problemática envolvendo o grupo masculino adulto pode indicar uma rotina de vida mais tradicional (regrada em uma elevada ingestão desse pescado), um menor contato com os profissionais e pesquisadores que instruem a população quanto aos riscos de intoxicação, e um menor acesso aos alimentos diversos, tais como carne vermelha, frutas, etc. Neste sentido, torna-se evidente a necessidade de uma maior conscientização desse grupo em específico, devendo-se potencializar as políticas públicas de ação em saúde voltadas pontualmente aos homens da região.

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ANDRADE, Paulo Douglas de Oliveira. Avaliação temporal da exposição humana ao mercúrio no Oeste Paraense. 2015. 99 f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Pará, Núcleo de Medicina Tropical, Belém, 2015. Programa de Pós-Graduação em Doenças Tropicais.