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Periodontite em ovinos no estado do Pará: etiologia, aspectos epidemiologicos e clinico-patologicos

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29-01-2015

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SILVA, Natália da Silva. Periodontite em ovinos no estado do Pará: etiologia, aspectos epidemiologicos e clinico-patologicos. 2015. 104 f. Tese (Doutorado) - Universidade Federal do Pará, Núcleo de Ciências Agrárias e Desenvolvimento Rural, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Universidade Federal Rural da Amazônia, Belém, 2015. Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal.

DOI

O presente trabalho relata os aspectos epidemiológicos, clinico-patológicos e bacteriológicos do primeiro registro de periodontite em ovinos no Brasil, ocorrido em uma propriedade rural no município de Benevides, Para. O surto ocorreu aproximadamente um mês após o pastejo na área de Panicum maximum cv. Massai, a qual sofreu praticas agrícolas, quando foi observado aumento de volume na mandíbula em alguns animais, em sua maioria com idade acima de 36 meses. Foi realizado o exame clinico extra-oral dos 545 ovinos e verificou-se aumento de volume da mandíbula em 3,7%. Os animais acometidos apresentavam baixo escore corporal, pelos arrepiados e sem brilho, alguns com afrouxamento e perda dos dentes pré-molares e molares inferiores e superiores, formação de abscesso e fístula no local acometido, demonstração de dor a palpação e dificuldade de mastigação. Das 39 cabeças de animais jovens analisadas no exame macroscópico post-mortem, 51,3% apresentavam lesões periodontais e das 38 analisadas após a maceração, 73,7% também apresentavam lesões. Das cabeças com lesões no exame post-mortem, em 45% as lesões encontravam-se na maxila, 15% na mandíbula e 40% nas duas estruturas (maxila e mandíbula). Nas cabeças com lesões após a maceração, 50% encontravam-se na maxila e 50% na maxila e mandíbula. Das 17 cabeças de animais adultos analisadas no exame post-mortem e após a maceração, todas apresentavam lesões periodontais. No exame post-mortem, 11,8% apresentavam lesões na mandíbula e 88,2% nas duas estruturas; após a maceração, 5,9% na maxila, 11,8% na mandíbula e 82,3% nas duas estruturas. Os achados histopatológicos revelaram processo inflamatório piogranulomatoso. Para caracterização da microbiota bacteriana subgengival de 14 ovinos com periodontite foi realizada a Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) para pesquisa de micro-organismos pertencentes ao complexo vermelho de Socransky (Porphyromonas gingivalis, Tannerella forsythia e Treponema denticola) e outros possíveis periodontopatogenos Gram-negativos e Gram-positivos. Em 50% das amostras foi possível identificar Porphyromonas gingivalis, em 92,8% Tannerella forsythia e em 78,5% Treponema denticola. Os três periodontopatogenos pertencentes ao complexo vermelho ocorreram concomitantemente em 42,8% das amostras. Foram identificados ainda em pelo menos um animal examinado Campylobacter rectus, Eikenella corrodens, Enterococcus faecium, Fusobacterium nucleatum, Prevotella intermedia, Prevotella loeschii e Prevotella nigrescens. Não foram detectados nas 14 amostras Aggregatibacter actinomycetemcomitans, Dialister pneumosintes, Enterococcus faecalis e Porphyromonas gulae. Os resultados permitem concluir que a periodontite ovina ocorrida no município de Benevides – PA possui etiologia infecciosa e acometeu um significativo numero de animais, diversos com abaulamento da mandíbula; teve alta incidência nos jovens e envolveu a totalidade dos animais adultos examinados post-mortem e após a maceração.

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Palavras-chave

OvinoPeriodontite animalPorphyromonas gingivalisTannerella forsythiaTreponema denticolaDoença periodontalDoenças em animais

Área de concentração

Linha de pesquisa

CNPq

CNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::MEDICINA VETERINARIA

País

Brasil

Instituição

Universidade Federal do Pará, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Universidade Federal Rural da Amazônia

Sigla da Instituição

UFPA, EMBRAPA, UFRA

Instituto

Campus Universitário de Castanhal

Programa

Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal

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