Aspectos clínico-patológicos do envenenamento botrópico experimental em equinos

Contido em

Citação

SOUSA, Melina Garcia de et al. Aspectos clínico-patológicos do envenenamento botrópico experimental em equinos. Pesquisa Veterinária Brasileira, Rio de Janeiro, v. 31, n. 9, p. 773-780, set. 2011. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/pvb/v31n9/a09v31n9.pdf>. Acesso em: 28 mar. 2012. <http://dx.doi.org/10.1590/S0100-736X2011000900009>.

DOI

Estudou-se as alterações clínico-patológicas e laboratoriais em equinos, inoculados experimentalmente com a peçonha de Bothropoides jararaca, Bothrops jararacussu, Bothrops moojeni e Bothropoides neuwiedi, com a finalidade de fornecer subsídios para o diagnóstico do envenenamento pela picada dessas. Os venenos liofilizados foram diluídos em 1ml de solução fisiológica e administrados a seis equinos, por via subcutânea, nas doses de 0,5 e 1mg/kg (B. jararaca), 0,8 e 1,6mg/kg (B. jararacussu), 0,205mg/kg (B. moojeni) e 1mg/kg (B. neuwiedi). Todos os equinos, menos os que receberam o veneno de B. jararacussu, morreram. Os sinais clínicos iniciaram-se entre 8min e 2h10min após a inoculação. O período de evolução variou, nos quatro casos de êxito letal, de 24h41min a 70h41min, e nos dois equinos que se recuperaram foi de 16 dias. O quadro clínico, independente do tipo de veneno e das doses, caracterizou-se por aumento de volume no local da inoculação, arrastar da pinça do membro inoculado no solo, inquietação, apatia, diminuição da resposta aos estímulos externos, mucosas pálidas e hemorragias. Os exames laboratoriais revelaram anemia normocítica normocrômica com progressiva diminuição no número de hemácias, da hemoglobina e do hematócrito, e leucocitose por neutrofilia. Houve aumento de alamina aminotransferase, creatinaquinase, dehidrogenase láctica, ureia e glicose, bem como aumento do tempo de ativação da protrombina e do tempo de tromboplastina parcial ativada. Os achados de necropsia foram extensas hemorragias no tecido subcutâneo, com presença de sangue não coagulado e em boa parte associadas a edema (edema hemorrágico), que se estendia desde o local da inoculação até as regiões cervical, torácica, escapular e membro. Na periferia das áreas hemorrágicas havia predominantemente edema gelatinoso. Havia ainda presença de grande quantidade de líquido sanguinolento nas cavidades torácica, pericárdica e abdominal. Não foram encontradas alterações histológicas significativas.

Agência de Fomento

browse.metadata.ispartofseries

item.page.isbn

Fonte

item.page.dc.location.country

Citação

SOUSA, Melina Garcia de et al. Aspectos clínico-patológicos do envenenamento botrópico experimental em equinos. Pesquisa Veterinária Brasileira, Rio de Janeiro, v. 31, n. 9, p. 773-780, set. 2011. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/pvb/v31n9/a09v31n9.pdf>. Acesso em: 28 mar. 2012. <http://dx.doi.org/10.1590/S0100-736X2011000900009>.