Metais pesados, sedimentos de fundo e peixes no rio Tapajós

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25-06-2014

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OLIVEIRA, Hilciana do Socorro Pereira. Metais pesados, sedimento de fundo e peixes no rio Tapajós. Orientadora: Silvia Cristina Alves França. 2014. 76 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Ambientais) – Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Museu Paraense Emílio Goeldi, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Belém, 2014. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/10979. Acesso em:.

DOI

O presente estudo objetivou avaliar o nível de metais pesados, principalmente o mercúrio, na água, no sedimento de fundo e em peixes do rio Tapajós e verificar os possíveis impactos causados pelas atividades de garimpo de ouro no ambiente desse rio. Os resultados obtidos foram relacionados com alguns dados do projeto CTHidro AquaRios, realizado na Ecorregião Aquática Xingu-Tapajós, com a finalidade de validação destes dados. As amostras de água foram submetidas à análises de concentrações de mercúrio total (HgT), por espectrofotometria de absorção atômica em vapor frio. Para caracterizar o ambiente foram analisados os parâmetros físico-químicos das amostras de água, como temperatura, pH, condutividade elétrica e oxigênio dissolvido. Nas análises de mercúrio total nos peixes, utilizou-se também a técnica de espectrofotometria de absorção atômica em vapor frio, e para a quantificação de metilmercúrio (MeHg), seguiu-se o protocolo analítico do Instituto Nacional de Minamata, Japão. Nos sedimentos foram quantificados tanto mercúrio total como metilmercúrio. Foram analisados também na água e nos sedimento os seguintes metais: Fe, Mg, Ca, Cd, Pb, Cu, Cr, Zn e Al, por meio do método analítico ICP-OES (Espectrofotometria de emissão ótica com plasma induzido). Os resultados de mercúrio total nas amostras de água apresentaram-se menores do que 0,5 ng/L. Nas análises de outros metais em água, apenas o Cd, Al e Zn apresentaram concentrações acima dos valores estabelecidos pelo CONAMA 357/2005. Nos sedimentos os valores de HgT variaram de 23,5 a 36,5 ng/g, enquanto para MeHg foram encontrados valores de 15,5 e 24,6 ng/g. Para os outros metais as concentrações ficaram abaixo dos limites preconizados pela legislação, com exceção do Fe, para o qual o CONAMA 357/2005 não estabelece limites. As concentrações de mercúrio nos peixes foram mais significativas em peixes carnívoros que em peixes de hábitos onívoros. As concentrações mais elevadas foram encontradas nos tucunarés, com teores de HgT entre 600 e 950 ng/g e MeHg na faixa de 510 a 600 ng/g. Nas outras espécies de peixes, as concentrações foram menores: para a pescada branca, os valores encontrados foram de 180 a 534 ng/g de HgT e 230 a 345 ng/g de MeHg; para o piau de 50 a 104 ng/g de HgT e de 25 a 60 ng/g de MeHg, enquanto nos jaraquis os teores de HgT foram de 17 a 62 ng/g e 7 a 33 ng/g de MeHg. Não foi evidenciada ocorrência de contaminação nas amostras bióticas e abióticas. Entretanto, os peixes onívoros, por apresentarem menores concentrações de mercúrio, são mais aconselhados para a dieta da população ribeirinha, o que poderá reduzir os riscos de contaminação por mercúrio via alimentação humana.

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País

Brasil

Instituição(ões)

Universidade Federal do Pará
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Museu Paraense Emílio Goeldi

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UFPA
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