Depósitos lacustres rasos da Formação Pedra de Fogo, Permiano da bacia do Parnaíba, Brasil

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2015-04-15

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Universidade Federal do Pará

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ARAÚJO, Raphael Neto. Depósitos lacustres rasos da Formação Pedra de Fogo, Permiano da bacia do Parnaíba, Brasil. Orientador: Afonso César Rodrigues Nogueira. 2015. 50 f. Dissertação (Mestrado em Geologia e Geoquímica) – Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2015. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/10677. Acesso em:.

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A Formação Pedra de Fogo do Permiano, exposta nas bordas leste e oeste Bacia do Parnaíba, norte do Brasil é um dos registros mais importantes do final do Paleozóico, depositado no oeste do Gondwana. Os principais litotipos desta unidade são arenitos, folhelhos, carbonatos e evaporitos, sendo famosa por conter grande quantidade de sílex, além do registro de uma flora permiana bem preservada. Nas últimas décadas do século passado foram feitas diferentes interpretações para o ambiente deposicional da Formação Pedra de Fogo, como transicional/fluvio-deltaico, nerítico raso a litorâneo com planície de sabkha sob influência de tempestade, lagunar/fluvial com contribuição marinha/eólica e marinho raso a restrito, tipo epicontinental. A análise de fácies em afloramentos das porções basal e superior desta unidade envolveu aproximadamente 100 m de espessura da sucessão siliciclástica. Foram individualizadas onze fácies sedimentares, agrupadas em três associações de fácies (AF), representativas de um sistema deposicional lacustre raso com mudflat e rios efêmeros associados. A AF1 é interpretada como depósitos de mudflat, constituídos por argilitos/siltitos laminados, arenitos/pelitos com gretas de contração e arenitos com laminação cruzada, acamamento maciço e com acamamaneto de megamarca ondulada. Nódulos e moldes tipo popcorn silicificados indicam depósitos de evaporitos. Outras feições encontradas são concreções de sílica, tepee silicificados e silcretes. A AF2 é interpretada como depósitos Nearshore lake, constituídos por arenitos finos com laminação plano-paralela, laminação cruzada cavalgante, acamamento maciço e de megamarca ondulada, além de argilito/siltito laminados. A AF3 refere-se a depósitos de wadi/inundito, organizado em ciclos granodecrescente ascendentes métricos, constituídos por conglomerados e arenitos médios a seixosos com acamamento maciço e com estratificação cruzada e argilitos/siltitos com laminação planar a ondulada. Formam depósitos restritos com geometria scour-and-fill, ocorrendo em menor proporção em camadas tabulares. A intercalação de pelitos e arenitos finos a médios com laminação plana a ondulada constituem, em grande parte, o arcabouço principal da Formação Pedra de Fogo. Bioturbações, gretas de contração e diversos tipos de concreções silicosas, assim como dentes de peixes, ostracodes, briozoários e escolecodontes são comuns à sucessão estudada. Restos de vegetais silicificados, classificados preliminarmente como pertencente ao gênero Psaronius, são encontrados in situ, concentrados próximo ao contato superior com a Formação Motuca e constituem excelentes marcadores bioestratigráficos para o topo da Formação Pedra de Fogo. Depósitos mudflat, na base da sucessão Pedra de Fogo, sugerem climas áridos e quentes no Permiano Inferior. O Permiano Médio foi predominantemente semiárido permitindo a proliferação de fauna e flora em regiões úmidas adjacentes ao sistema lacustre. Rios efêmeros ou wadis transportavam restos vegetais e terrígenos para o lago gerando inunditos. Fases de retração e expansão caracterizaram o lago Pedra de Fogo, induzidas pelas modificações climáticas que influenciaram não somente no padrão de sedimentação com também na fossilização dos melhores representantes da fauna e flora do final do Permiano. No Permiano Superior o clima tornou a ser quente e árido como resultado da consolidação do supercontinente Pangeia, favorecendo a deposição de sequencias de red beds da Formação Motuca e desenvolvimento do deserto Sambaíba na passagem para o Triássico.

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ARAÚJO, Raphael Neto. Depósitos lacustres rasos da Formação Pedra de Fogo, Permiano da bacia do Parnaíba, Brasil. Orientador: Afonso César Rodrigues Nogueira. 2015. 50 f. Dissertação (Mestrado em Geologia e Geoquímica) – Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2015. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/10677. Acesso em:.