Persistência do Papilomavírus humano (HPV) após tratamento do câncer do colo uterino no norte do Brasil

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2019-01-28

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Universidade Federal do Pará

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ORTEGA, Alejandra María Maradiaga. Persistência do Papilomavírus humano (HPV) após tratamento do câncer do colo uterino no norte do Brasil. 2019. 91 f. Dissertação (Mestrado em Doenças Tropicais) – Universidade Federal do Pará, Núcleo de Medicina Tropical, Belém, 2019.

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O câncer de colo uterino (CCU) é depois do câncer de mama, a principal causa oncológica de morte entre mulheres que vivem em países em desenvolvimento. O CCU é o terceiro câncer mais incidente no Brasil e sem considerar os tumores de pele não melanoma é o primeiro mais incidente na região Norte do Brasil. O vírus do Papiloma humano-HPV é considerado o agente causal do CCU e associado a diferentes fatores de risco inerentes a cada mulher (comportamentais, reprodutivos e socioeconômicos), determina o desenvolvimento desta doença. A infecção pelo HPV é na maioria das vezes, assintomática e transiente; porém, 10-20% das infecções causadas principalmente por genótipos de alto risco oncogênico do vírus podem persistir e levar ao CCU invasivo. O objetivo deste estudo foi investigar a persistência do HPV em amostras cervicais em mulheres com CCU, após ser tratadas com radioterapia e/ou quimioterapia concomitante, com o fim de determinar se a infecção com o vírus, pode ser um fator de risco de recorrência da doença ou estar associado a um pior prognóstico. No período de julho de 2015 a julho de 2018, foram selecionadas 44 pacientes, com idade média de 47 anos, com CCU (em estádios da doença IB1-IVB), atendidas no Hospital Ophir Loyola, centro de referência oncológica no estado de Pará. Foram coletados dados clínico-epidemiológicos e duas amostras de esfregaço de cérvice (uma anterior e outra posterior ao tratamento) totalizando 88 amostras para o diagnóstico do HPV. As amostras foram analisadas por Reação em Cadeia da Polimerase (Nested PCR) para detectar a presença do DNA do HPV; e foram genotipadas para 9 tipos virais (dois de baixo risco: 6 e 11, e sete de alto risco oncogênico: 16,18,31,33,35,52,58) por PCR em tempo real. Verificou se que a maioria das pacientes foram tratadas por câncer epidermóide no estádio IIB da doença; e que antes do tratamento o HPV estava presente em 93% (41/44) das pacientes, persistindo em 75% (33/44) delas, após o término do tratamento. Sete genótipos virais foram detectados (HPV 6,16, 18, 33, 35, 52 e 58) causando tanto infecções simples quanto infecções múltiplas, sendo o HPV 16 o genótipo mais prevalente. Foi evidenciado que o tratamento com radioterapia/quimioterapia concomitante é efetivo para eliminar o vírus, porém se necessitam mais estudos para determinar se a presença do vírus influência na resposta final ao tratamento. Tornando evidente a necessidade de implementar estratégias de prevenção e controle deste tipo de câncer, baseadas na detecção do DNA do HPV.

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ORTEGA, Alejandra María Maradiaga. Persistência do Papilomavírus humano (HPV) após tratamento do câncer do colo uterino no norte do Brasil. 2019. 91 f. Dissertação (Mestrado em Doenças Tropicais) – Universidade Federal do Pará, Núcleo de Medicina Tropical, Belém, 2019.